CURSO BÍBLICO - LIÇÃO Nº 15


A mulher com hemorragia e a filha de Jairo
Leitura Biblica: Lc 8, 40-42

1. Os três evangelhos sinóticos contam esta história. Sinóticos são os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas, porque são semelhantes na estrutura. Nos três Evangelhos, a história das duas mulheres está entrelaçado. Começa contando a história da filha de Jairo, interrompe para contar a história da mulher com hemorragias e depois termina a da filha de Jairo.

2. As duas mulheres são como que representantes do povo de Israel, o povo de Jesus. Vejam como há uma referência ao número 12 nas duas histórias. "12" é o número das tribos do povo de Israel. A mulher com hemorragias estava doente há 12 anos; A menina tinha 12 anos.

3. A mulher que tinha uma hemorragia vivia num estado de impureza diante da Lei. A Lei de Moisés é a lei que rege a vida do povo, não é só uma lei religiosa. É uma norma social também. Pela lei, a pessoa com uma perda de sangue está impura. Não pode tocar em nada, senão transmite a sua impureza. E não pode ser tocada por ninguém, senão a pessoa fica contaminada. Leia Levítico 15,25-26. Assim, essa mulher com essa doença é uma pessoa marginalizada pela religião. Essa mulher pode muito bem representar uma parte do povo de Israel: aqueles que estão impedidos de praticar a Lei. Ela é como todos aqueles que não possuem os requisitos para serem praticantes da lei, como os fariseus estudados. Esse povo marginalizado, que ela representa, não tem mesmo saída, nem salvação dentro da mentalidade judaica daquele tempo. Foi em Jesus que a mulher encontrou a saída para a sua situação. De Jesus saiu uma força que a arrancou daquela situação de sofrimento e exclusão. Como aquele povo escravo do Egito, que Deus "arrancou das garras do Faraó com mão forte".

4. A filha de Jairo também é representante do povo de Israel. Não dos que estão margnalizados pela Lei. Mas, dos que estão integrados na vida religiosa. E o que é que está aconteendo? O que ocorre é que também os que eram praticantes da Lei viviam subjugados por ela. E assim também precisavam de libertação. Vejam lá: a menina é dependente d pai. O pai é representante da instituição religiosa. Ele é chefe da Sinagoga. Aquela gente dependente da Sinagoga também está longe da vida. Está numa condição de infantilismo. Está numa situação de morte. Em Jesus pode reencontrar a vida e a esperança. Jesus é o próprio Deus libertando o seu povo também da opressão de religião.

5. A mulher adulta lembra as pessoas que não observam a Lei, chamadas "impuras". A menina lembra as pessoas que praticam a Lei, mas viviam debaixo do seu jugo, como num regime de opressão. Jesus é apresentado como o libertador.

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